EMPREITADA DE ESTABILIZAÇÃO DA MARGEM ESQUERDA DA RIBEIRA DO JUNÇAL

EMPREITADA DE ESTABILIZAÇÃO DA MARGEM ESQUERDA DA RIBEIRA DO JUNÇAL

Nov 2017 – Mar 2019

Promotor / Cliente: Direcção Regional de Estradas / AFAPLAN

Valor da Empreitada: 7.259.222,97€

Contracto prestado: Fiscalização, Controlo de Custos, Controlo de Planeamento, Coordenação Ambiental e Coordenação de Segurança em Obra

Com o intuito de reconstruir as condições de circulação num troço da estrada regional 110, danificada devido a uma enorme massa de terreno com sinais de instabilidade e não sendo possível recorrer a soluções correntes de estrutura de suporte, foi adoptada uma solução de aterrar o vale de ribeira do Junçal até a uma determinada cota conferindo tanto o peso necessário para estabilização da componente rotacional do processo de instabilização como uma adequada reacção às forças horizontais.

A adopção desta solução teve como consequência a execução dos seguintes trabalhos:

Desvio provisório da ribeira através da execução de uma ensecadeira e implantação de 2 troços paralelos com tubagem de 1200mm numa extensão de 300m

Execução de aterro zonado no vale da Ribeira do Junçal, com aproximadamente de 10,00m a 26,00m de altura na de modo a estabilizar a margem esquerda da ribeira.

Na margem esquerda o aterro, constituído unicamente por material pétreo, foi elevado até á cota da estrada regional

Execução de um canal em betão armado do tipo “U” com dentes para contrariar para contrariar tanto eventuais cargas de impulsão como minimizar o deslizamento longitudinal

A secção corrente do canal tem uma largura de rasto de 5,0m e inclinações varáveis entre 1%, no início do canal, e 20% na sua zona final

Na entrada do canal, foi efectuado um enchimento de betão simples na soleira com 1,0m de espessura e largura variável (até aos 5,0m de largura da secção corrente) e dois muros-alas pregados, de altura variável.

Num primeiro troço, com uma extensão aproximada de 155,0m, dada a necessidade de altear o aterro com vista à estabilização da margem esquerda, foram efectuadas travessas de betão armado com afastamento ao eixo da secção de 5,0 m. Na restante parte do canal, recorreu-se a uma secção em “U” clássica, sem impedimentos.

No fim da secção em “U”, foi executada uma bacia de dissipação de energia por queda em betão armado, com um comprimento de 23,0m, uma largura de 10,0m e uma altura de soleira terminal de 3,0m.

A execução da bacia de dissipação, foi precedida de uma escavação com revestimento sistemático de betão projectado e pregagens e execução de estacas com Ø1000mm

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DA ESTRUTURA HIDRÁULICA:



Altura do canal – entre 7,95m a 10,8m.
Espessura da laje: 1,2m

Espessura das paredes verticais: variação entre 1,50m e 0,40.

Secção das travessas: 0,8mx0,6m.

Bacia de dissipação: Maciço semi-gravidade com altura variável entre 12,5 m e 5,0 m.
 Espessura da soleira de 1,2 m
 Altura das paredes laterais com 11,00m

Execução de diversos trabalhos complementares nomeadamente execução de órgão de drenagem pluvial com descidas de talude armado em degrau em betão armado, construção de um caminho de acesso ao canal de desvio da ribeira, reconstrução e reabilitação do pavimento da ER 110, reposição da sinalização horizontal e ainda a instalação de um conjunto de dispositivos de observação para monitorização da obra, durante a execução dos trabalhos, e do posterior comportamento da massa de terreno instável.